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Brasileiros ainda não sacaram mais de R$ 7,52 Bi de valores a receber

Brasileiros ainda não sacaram mais de R$ 7,52 Bi de valores a receber

08/12/2023 às 07h19 Atualizada em 08/12/2023 às 10h19
Por: Redação
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Fonte: Google
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Até o final de outubro, cerca de R$ 7,52 bilhões permanecem sem ser sacados pelos brasileiros, esquecidos no sistema financeiro, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (7), em Brasília. O Sistema de Valores a Receber (SVR) já restituiu R$ 5,31 bilhões, de um montante total de R$ 12,83 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR, divulgadas com dois meses de defasagem, indicam que, até o final de outubro, 16.847.044 correntistas recuperaram valores, representando apenas 27,85% do total de 60.492.862 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro do ano passado.

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Dos beneficiários que realizaram os resgates, 16.035.064 são pessoas físicas, enquanto 811.980 são pessoas jurídicas. Aqueles que ainda não efetuaram o resgate somam 40.583.355 pessoas físicas e 3.062.463 pessoas jurídicas.

A maioria dos beneficiários que ainda não realizaram o saque tem direito a quantias menores. Valores de até R$ 10 representam 62,98% dos beneficiários, enquanto quantias entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,71% dos correntistas. Valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil abrangem 9,64% dos clientes, e apenas 1,68% têm direito a receber mais de R$ 1 mil.

Após quase um ano fora de operação, o SVR foi reaberto em março de 2023, apresentando novas fontes de recursos, um sistema de agendamento atualizado e a opção de resgate de valores pertencentes a pessoas falecidas. Em março, foram resgatados R$ 505 milhões esquecidos. No mês de outubro, esse valor foi de R$ 178 milhões, representando uma queda em relação ao mês anterior, quando R$ 264 milhões foram recuperados.

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Melhorias

A atual fase do SVR traz importantes inovações, como a capacidade de imprimir telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp, bem como a inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Adicionalmente, foi implementada uma sala de espera virtual, possibilitando que todos os usuários realizem consultas no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma baseado no ano de nascimento ou na fundação da empresa.

Juntamente com essas melhorias, foi introduzida a opção de consulta a valores de pessoas falecidas, com acesso permitido a herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. Semelhante às consultas a pessoas vivas, o sistema fornece informações sobre a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Além disso, foi aprimorada a transparência para contas conjuntas. Quando um dos titulares solicitar o resgate de um valor esquecido, o outro, ao acessar o sistema, poderá visualizar as informações, como valor, data e CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do solicitante.

Fontes de recursos

Também foram incorporadas fontes de recursos esquecidos que não faziam parte dos lotes do ano anterior. Foram incluídas contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, bem como outros recursos disponíveis nas instituições destinados à devolução.

Além dessas fontes, o SVR abrange os seguintes valores, que já estavam disponíveis para saque no ano anterior. Eles incluem: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não reclamados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central alerta os correntistas sobre possíveis golpes praticados por estelionatários que afirmam intermediar supostos resgates de valores esquecidos. O órgão destaca que todos os serviços do Sistema de Valores a Receber são completamente gratuitos, não envolvem o envio de links e nem incluem contato para tratar de valores a receber ou confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber tem permissão para entrar em contato com o cidadão. O órgão reforça que nenhum cidadão deve fornecer senhas e destaca que ninguém está autorizado a fazer solicitações desse tipo.

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