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Senado aprova reforma tributária com mudanças; texto volta para a Câmara

Senado aprova reforma tributária com mudanças; texto volta para a Câmara

09/11/2023 às 10h08 Atualizada em 09/11/2023 às 13h08
Por: Redação
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Imagem: freepik / editado por Jornal Contábil
Imagem: freepik / editado por Jornal Contábil

Na última quarta-feira (8), o Senado Federal aprovou o parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a Proposta de Emenda à Constituição que aborda a reforma tributária dos impostos sobre o consumo.

O texto recebeu 53 votos a favor e 24 contra nos dois turnos, superando o mínimo necessário de 49 votos.

A proposta agora retorna à Câmara dos Deputados para mais discussões, pois o relator, senador Eduardo Braga, fez alterações na versão que havia sido aprovada pela Câmara.

A reforma tributária propõe a simplificação de impostos federais, estaduais e municipais, permitindo tratamentos diferenciados para setores com alíquotas reduzidas, como serviços de educação, medicamentos, transporte coletivo de passageiros e produtos agropecuários.

Além disso, a proposta estabelece um Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, para desencorajar o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, e garante isenção tributária a produtos da cesta básica.

Impostos sobre Valor Agregado

A PEC propõe a substituição de cinco tributos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs), um gerenciado pela União e outro gerenciado conjuntamente por estados e municípios:

Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): gerenciada pela União, unificará IPI, PIS e Cofins;

Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): gerenciado conjuntamente por estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal).

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Aprovação

A aprovação da reforma é vista como crucial para dissipar a desconfiança do mercado financeiro em relação à política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A promulgação da proposta, que a tornará parte da Constituição, dependerá do consenso entre a Câmara e o Senado sobre o texto.

Isso significa que, se as divergências persistirem a cada nova passagem por uma das Casas, a PEC terá que ser analisada novamente até que haja acordo.

Embora a equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, espere que o texto seja promulgado integralmente até o final deste ano, os congressistas não descartam a possibilidade de “fatiar” a proposta.

Assim, a parte consensual entre deputados e senadores se tornaria lei e o restante do texto continuaria tramitando no Congresso.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o atual sistema tributário, sem uniformidade entre o governo federal e os estados, “prejudicou o crescimento econômico, agravou a insegurança jurídica e resultou em uma excessiva judicialização”.

“A reforma se impôs porque o Brasil não podia mais conviver com o atraso”, disse Pacheco ao comemorar o resultado.

Oposição

O líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), votou contra a PEC. “Nós vamos propiciar ao Brasil como legado o maior IVA do mundo, o maior índice de valor agregado do mundo.

O campeão do mundo era a Hungria. Vai passar a ser o Brasil. E os 27,5 de que o Fernando Haddad falou já foram catapultados para cima pelas exceções que foram concedidas, inclusive há pouco tempo”, discursou.

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