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Criação de postos de trabalho com carteira assinada em setembro

Criação de postos de trabalho com carteira assinada em setembro

31/10/2023 às 11h51 Atualizada em 31/10/2023 às 14h51
Por: Redação
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Imagem: JERO SenneGs / freepik
Imagem: JERO SenneGs / freepik

Após um aumento em agosto, a criação de empregos formais registrou uma queda em setembro. De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertos 211.764 novos postos de trabalho com carteira assinada no último mês. Este indicador mede a diferença entre as contratações e as demissões.

A criação de empregos sofreu uma redução de 23,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em setembro de 2022, foram criados 278.023 postos de trabalho, conforme os dados ajustados, que levam em consideração as declarações entregues com atraso pelos empregadores.

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Nos primeiros nove meses deste ano, um total de 1.599.918 vagas foram geradas. No entanto, esse resultado representa uma queda de 26,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa comparação é feita com base nos dados ajustados, que incluem declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e correções nos dados de meses anteriores. É importante ressaltar que a mudança na metodologia do Caged impossibilita a comparação com anos anteriores a 2020.

Apesar da desaceleração em setembro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, manteve a projeção de criação de 2 milhões de postos de trabalho neste ano. No entanto, ele não descartou a possibilidade de uma revisão para baixo, com o número ficando em 1,9 milhão.

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O ministro explicou que as medidas de estímulo à economia implementadas pelo governo e a redução das taxas de juros promovida pelo Banco Central levarão algum tempo para surtir efeitos significativos na economia real. Ele destacou que "a reestruturação dos processos leva mais tempo do que gostaríamos. O mundo real é mais lento do que os desejos do governo".

Setores

Na análise por segmentos econômicos, todos os cinco setores investigados apresentaram crescimento no emprego formal durante o mês de setembro. Os serviços lideraram esse cenário, com a abertura de 98.206 novos postos de trabalho, seguidos pelo comércio, que registrou um acréscimo de 43.465 empregos. Na terceira posição, destacou-se o setor industrial, abrangendo a indústria de transformação, de extração e outros ramos, com a criação de 43.214 vagas.

Além disso, o setor de construção civil também apresentou um aumento no nível de emprego, com a abertura de 20.941 postos de trabalho. Mesmo diante da pressão causada pelo término da safra de diversos produtos, o setor agropecuário registrou a criação de 5.942 vagas no último mês, impulsionado pela colheita da cana-de-açúcar no Nordeste.

Destaques

No setor de serviços, a criação de empregos foi impulsionada principalmente pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que registrou a abertura de 41.724 postos de trabalho formais. Além disso, a categoria que abrange a administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais também contribuiu para o cenário positivo, gerando 20.383 vagas.

Na indústria, o destaque foi a indústria de transformação, que contratou 41.952 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, a indústria extrativa abriu 1.082 vagas.

Vale ressaltar que as estatísticas do Caged, a partir de 2020, não fornecem detalhes sobre as contratações e demissões nos diversos segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.

Regiões

No mês de setembro, todas as cinco regiões do Brasil apresentaram um aumento no número de empregos com carteira assinada. A liderança na abertura de vagas ficou com a região Sudeste, que registrou um acréscimo de 82.350 postos de trabalho, seguida pelo Nordeste, com 75.108 novas vagas. Logo depois, a região Sul contribuiu com 22.330 postos, enquanto o Norte e o Centro-Oeste geraram, respectivamente, 16.850 e 14.793 vagas formais durante o período.

Analisando a divisão por unidades da Federação, todas as 27 apresentaram um saldo positivo na criação de empregos. Destacam-se nesse cenário os estados de São Paulo, com um aumento de 47.306 postos de trabalho, seguido por Pernambuco, que registrou 18.864 novas vagas, e o Rio de Janeiro, com 17.998 postos adicionais. Os números mais modestos em relação à abertura de vagas foram observados nos estados do Amapá, com 1.027, Roraima, com 763, e Acre, que gerou 360 novos empregos.

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