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Dólar recua em linha com exterior, porém desacelera à espera de Haddad

Dólar recua em linha com exterior, porém desacelera à espera de Haddad

30/10/2023 às 11h42 Atualizada em 30/10/2023 às 14h42
Por: Redação
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Foto: REUTERS / Mike Segar / Direitos Reservados
Foto: REUTERS / Mike Segar / Direitos Reservados

Na manhã desta segunda-feira, 30, observa-se uma desvalorização do dólar em relação ao real, alinhando-se com o comportamento da moeda norte-americana nos mercados internacionais. No entanto, o ritmo do ajuste perdeu força, e a taxa de câmbio dos Estados Unidos estava registrando uma queda de 0,25% por volta das 9h30, atingindo R$ 5,0015, após atingir a mínima de R$ 4,9730 (-0,80%).

Os investidores no cenário doméstico aguardam as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Na sexta-feira, 27, o presidente anunciou que o governo provavelmente não conseguirá atingir a meta de déficit zero em 2024. O Ministério da Fazenda convocou uma coletiva de imprensa com o Ministro Haddad para esta manhã.

Além disso, o mercado aguarda o anúncio dos nomeados para as diretorias do Banco Central. Entre os possíveis candidatos, destaca-se o professor de economia Paulo Picchetti, que poderá substituir Fernanda Guardado na diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, conforme informações da Folha de S.Paulo.

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Também está sendo acompanhado de perto o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e possíveis alterações nas projeções para a taxa Selic e o IPCA de 2024, conforme o Boletim Focus.

O relatório do Banco Central indicou um aumento na projeção média do mercado para a taxa Selic no final deste ciclo de flexibilização, de 9,00% para 9,25% até o final de 2024, bem como uma elevação nas expectativas para o IPCA de 2024, de 3,87% para 3,90%. Isso coloca a inflação um pouco acima do centro da meta estabelecida para o próximo ano, que é de 3,00%.

No cenário internacional, o dólar registra desvalorização em relação a moedas principais, bem como em relação a algumas divisas correlatas ao real, como o peso mexicano, o rublo russo e o rand sul-africano. Esse movimento ocorre em meio a um maior apetite por ativos de risco.

Esta é uma semana mais curta no Brasil devido ao feriado de Finados na quinta-feira, e os investidores estão aguardando decisões sobre as taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil. O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, deve manter as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50%, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro é esperado para anunciar um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, reduzindo-a para 12,25% ao ano.

Hoje, o Banco Central inicia a renovação dos contratos de swap cambial com vencimento em 2 de janeiro de 2024, totalizando US$ 15,5 bilhões (ou 309.360 contratos). No leilão de hoje, que acontecerá às 11h30, serão disponibilizados até 16 mil contratos (equivalentes a US$ 800 milhões).

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) apresentou um aumento de 0,50% em outubro, em comparação com o índice de 0,37% registrado em setembro, ficando abaixo das projeções médias da pesquisa Projeções Broadcast, que apontavam um aumento de 0,58%. Ao longo dos últimos 12 meses, o índice acumula uma queda de 4,57%, em comparação com a contração de 5,97% registrada em setembro.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) registrou uma queda de 3,0 pontos de setembro para outubro, marcando a segunda redução consecutiva e atingindo 89,2 pontos.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) sofreu uma diminuição de 1,6 ponto entre setembro e outubro, considerando o ajuste sazonal, e alcançou 95,3 pontos.

Por volta das 9h40 desta segunda-feira, a taxa de câmbio à vista estava recuando 0,20%, sendo cotada a R$ 5,0030. O contrato de dólar para novembro apresentava uma queda de 0,34%, sendo negociado a R$ 5,0015.

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