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Veja a projeção do Mercado para a inflação deste ano

Veja a projeção do Mercado para a inflação deste ano

23/10/2023 às 10h47 Atualizada em 23/10/2023 às 13h47
Por: Redação
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Imagem: freepik
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A expectativa do mercado financeiro para a taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a medida oficial da inflação no Brasil, diminuiu de 4,75% para 4,65% no decorrer deste ano. Essa previsão foi apresentada no Boletim Focus, um relatório divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), que compila as projeções de diversas instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos.

Quanto ao ano de 2024, a projeção para a inflação permaneceu em 3,87%. Para os anos subsequentes, 2025 e 2026, as expectativas se mantêm em 3,5%.

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A estimativa para o ano corrente supera a meta central de inflação estabelecida como referência pelo BC. Conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que significa um intervalo de 1,75% a 4,75%.

De acordo com o Banco Central, no Relatório de Inflação mais recente, a probabilidade de a inflação oficial exceder o limite superior dessa meta em 2023 é de 67%.

A previsão do mercado para a inflação em 2024 também se encontra acima do centro da meta, que é de 3%, embora ainda esteja dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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Em setembro, o aumento dos preços da gasolina exerceu pressão sobre o IPCA. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice atingiu 0,26%, superando a taxa de agosto, que apresentou alta de 0,23%.

A inflação acumulada no ano alcançou 3,50%, e nos últimos 12 meses, o índice se encontra em 5,19%, ultrapassando a marca de 4,61% registrada nos 12 meses imediatamente anteriores.

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Juros básicos

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, a qual foi fixada em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Devido ao comportamento dos preços, o BC já reduziu a taxa de juros pela segunda vez no semestre, prevendo uma sequência de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. A inflação apresentou um aumento na segunda metade do ano após várias quedas no final do primeiro semestre, embora esse aumento fosse previsto por economistas.

Apesar disso, na ata da última reunião, o Copom enfatizou a necessidade de manter uma política monetária ainda restritiva para consolidar a convergência da inflação em direção à meta em 2024 e 2025, bem como para ancorar as expectativas. As incertezas nos mercados e as projeções de inflação acima da meta são fontes de preocupação para o BC e influenciam a decisão sobre a taxa básica de juros.

Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 aumentos consecutivos, iniciando um ciclo de aperto monetário em resposta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por sete vezes consecutivas, de agosto do ano passado até agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, o menor nível da série histórica iniciada em 1986. Essa redução ocorreu devido à contração econômica causada pela pandemia de covid-19, quando o Banco Central diminuiu a taxa com o objetivo de estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu nesse patamar histórico de agosto de 2020 até março de 2021.

As projeções do mercado financeiro indicam que a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o final de 2024, a expectativa é de que a taxa básica caia para 9% ao ano. As previsões para o encerramento de 2025 e 2026 apontam para uma Selic de 8,5% ao ano em ambos os anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que tem impacto nos preços, uma vez que os juros mais elevados encarecem o crédito e incentivam a poupança. Além da Selic, os bancos levam em consideração outros fatores ao definir as taxas de juros para os consumidores, como risco de inadimplência, lucratividade e despesas administrativas. Portanto, taxas mais elevadas também podem dificultar o crescimento da economia.

Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito se torne mais acessível, estimulando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e fomentar a atividade econômica.

PIB e câmbio

As projeções das instituições financeiras apontam um crescimento da economia brasileira de 2,9% para o ano atual. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de um crescimento de 1,5%. As projeções para os anos seguintes indicam um aumento do PIB em 1,9% para 2025 e 2% para 2026.

No que se refere à cotação do dólar, a estimativa é de que a moeda americana alcance R$ 5 até o final deste ano. Para o término de 2024, a previsão é que o valor do dólar se estabilize em R$ 5,05.

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