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Mercado: Projeção do IPCA 2023 passa de 4,86% para 4,75%

Mercado: Projeção do IPCA 2023 passa de 4,86% para 4,75%

17/10/2023 às 10h04 Atualizada em 17/10/2023 às 13h04
Por: Redação
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Imagem: freepik
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A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, diminuiu de 4,86% para 4,75% no corrente ano, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central em Brasília, em sua pesquisa semanal que compila as expectativas das instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

Para o ano de 2024, a projeção da inflação permanece em 3,88%, enquanto para 2025 e 2026, as estimativas são de 3,5% em ambos os anos.

A previsão para este ano encontra-se no limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central.

A meta, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25% para o ano de 2023, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,75% e o superior é de 4,75%.

Segundo o Banco Central, de acordo com seu último Relatório de Inflação, existe uma probabilidade de 67% de que o índice oficial de inflação ultrapasse o limite superior da meta em 2023.

A projeção do mercado para a inflação em 2024 está acima do centro da meta estabelecida, que é de 3%, mas ainda permanece dentro da faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual.

No mês de setembro, o aumento dos preços da gasolina exerceu pressão sobre a taxa de inflação. O IPCA registrou uma variação de 0,26%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), superando a taxa de agosto, que havia sido de 0,23%.

No acumulado deste ano, a inflação atingiu 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, chegou a 5,19%, superando os 4,61% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

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Selic 

O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, como seu principal instrumento para buscar o alcance da meta de inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) determinou que a Selic está em 12,75% ao ano. Recentemente, o BC reduziu a taxa de juros pela segunda vez no semestre, indicando a continuação de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

Embora a inflação tenha apresentado aumentos na segunda metade do ano, isso estava dentro do esperado pelos economistas.

Mesmo assim, o Copom ressaltou, em sua última reunião, a necessidade de manter uma política monetária contracionista para assegurar a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025, bem como para ancorar as expectativas.

As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta são preocupações que influenciam a decisão sobre a taxa básica de juros.

Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 aumentos consecutivos, em resposta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por sete vezes seguidas, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano de agosto do ano anterior a agosto deste ano.

Antes desse ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, atingindo o nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986.

Essa redução ocorreu em resposta à contração econômica causada pela pandemia de COVID-19, visando estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

A projeção do mercado financeiro é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano, com uma estimativa de queda para 9% ao ano no final de 2024. Para 2025 e 2026, a previsão é de que a Selic se mantenha em 8,5% ao ano para ambos os anos.

Quando o Copom eleva a Selic, o objetivo é controlar a demanda aquecida, o que afeta os preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.

Além disso, os bancos levam em conta outros fatores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, ao definir as taxas de juros cobradas dos consumidores. Taxas mais elevadas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, estimulando a produção e o consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e incentivando a atividade econômica.

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PIB 

As projeções das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2023 se mantiveram em 2,92%, sem alterações nas últimas três semanas.

Para o ano de 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de um crescimento de 1,5%. No caso de 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Quanto à previsão para a cotação do dólar, ela está em R$ 5 para o final deste ano. Para o encerramento de 2024, a expectativa é de que a moeda americana se situe em R$ 5,05.

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