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Inflação do mês de setembro apresentou alta

Inflação do mês de setembro apresentou alta

11/10/2023 às 15h10 Atualizada em 11/10/2023 às 18h10
Por: Redação
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Imagem: user3802032 / freepik
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A inflação em setembro foi registrada em 0,26%, representando um aumento de 0,03 ponto percentual em relação à taxa de agosto, que teve uma elevação de 0,23%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou esses dados no Rio de Janeiro, destacou que o crescimento de 2,80% nos preços da gasolina exerceu pressão sobre esse resultado.

A gasolina é o subitem de maior impacto individual, contribuindo com 0,14 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial da inflação no país.

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A inflação acumulada no ano alcançou 3,50%. Nos últimos 12 meses, atingiu 5,19%, superando os 4,61% registrados nos 12 meses anteriores. Comparando com setembro de 2022, quando houve uma variação de -0,29%, fica evidente o aumento da inflação.

André Almeida, gerente do IPCA, explicou que o aumento nos preços da gasolina desempenhou um papel significativo no resultado de setembro. Devido a esse desempenho, o setor de transportes foi o que teve o maior impacto positivo (0,29 ponto percentual) e a maior variação (1,40%) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. No mesmo grupo, merece destaque o subitem das passagens aéreas, com a segunda maior variação mensal (13,47%) e o segundo maior impacto (0,07 ponto percentual) no IPCA total, após uma queda de 11,69% em agosto.

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O item combustíveis, que também faz parte do grupo de transportes e inclui o subitem gasolina, aumentou 2,70%, impulsionado pelos aumentos nos preços do óleo diesel (10,11%) e do gás veicular (0,66%), e pela queda nos preços do etanol (-0,62%). O aumento de 0,42% nas passagens de ônibus intermunicipais foi influenciado pelo reajuste de 12,90% em Salvador (2,62%), implementado a partir de 10 de agosto.

Habitação

O grupo de habitação teve um crescimento de 0,47% nos preços em setembro em comparação com agosto, exercendo pressão sobre o indicador de inflação. A energia elétrica residencial, que é a maior contribuição desse grupo com 0,04 ponto percentual, registrou um aumento de 0,99% no mês.

Isso se deve, em grande parte, aos reajustes tarifários aplicados em três áreas de abrangência da pesquisa. O gerente do IPCA destacou os impactos das revisões em São Luís, que teve um aumento de 10,74% com vigência a partir de 28 de agosto; em Belém, com um aumento de 9,40% válido a partir de 15 de agosto; e em Vitória, onde o reajuste de 3,20% entrou em vigor a partir de 7 de agosto.

No mesmo grupo de habitação, vale ressaltar o aumento das taxas de água e esgoto em duas áreas pesquisadas pelo IPCA. Houve um acréscimo de 5,02% em Brasília a partir de 1º de agosto, contribuindo com 0,02 ponto percentual, e um aumento de 1,37% em Vitória, a partir de 1º de agosto.

Por outro lado, o gás encanado apresentou uma queda de 0,10% nos preços, influenciada pelas reduções tarifárias em duas capitais. Em Curitiba, houve uma redução de 2,23% a partir de 4 de agosto, e no Rio de Janeiro, uma queda média de 1,70% a partir de 1º de agosto.

Quedas

O grupo de alimentação e bebidas desempenhou um papel importante na redução da pressão sobre o índice de setembro. "Este é o grupo com maior peso no IPCA e registrou deflação pelo quarto mês consecutivo, mantendo a tendência de queda nos preços dos alimentos, principalmente para consumo em casa", explicou André Almeida.

A deflação de 0,71% no grupo de alimentação contribuiu para uma diminuição de 0,15 ponto percentual na taxa de inflação do mês. "Os preços dos alimentos para consumo em casa caíram 1,02%, com destaques para a batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). No entanto, observou-se um aumento nos preços do arroz (3,20%) e do tomate (2,89%)", informou o IBGE.

Apesar do aumento de 0,12% nos preços da alimentação fora de casa, esse percentual representa uma desaceleração em relação ao resultado de agosto, quando a taxa foi de 0,22%. "O grupo também registrou aumentos em refeições (0,13%) e lanches (0,09%), mas em intensidades menores do que no mês anterior (0,18% e 0,30%, respectivamente)", acrescentou o IBGE.

Regiões

A única diminuição entre os índices regionais foi observada em Goiânia, com uma queda de -0,11%. Isso se deveu à deflação na energia elétrica residencial, que registrou -2,97%. Por outro lado, a maior variação ocorreu em São Luís, com um aumento de 0,50%. Nesse caso, o indicador foi influenciado pelos aumentos nos preços da energia elétrica residencial (10,74%) e do arroz (4,09%).

IPCA

Conforme informações do IBGE, o IPCA é elaborado levando em consideração a renda das famílias que ganham de um a 40 salários mínimos e que vivem nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, bem como no Distrito Federal e nos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

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