Caso Riachuelo: Fatos históricos podem a repulsa de um produto!

14/09/2023 às 17h00 Atualizada em 14/09/2023 às 20h00

Por: Redação

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A loja de roupas Riachuelo tem sido alvo de uma série de críticas desde o último domingo (10), quando fez o lançamento de um conjunto de roupas listrado, similar aos uniformes usados pelos judeus nos campos de concentração nazistas. Em nota, a empresa se pronunciou e pediu desculpas pelo ocorrido, dizendo que não houve intenção de ofender e que a escolha da paleta de cores do conjunto foi uma “infelicidade”.

Diante do cenário, é importante compreender a importância que os eventos da história devem possuir no consumo e no comércio, visto que, em casos como este, as roupas carregam sentido.

O professor de ciências do consumo da ESPM, Tiago Andrade, afirma que erros na produção de peças podem ocorrer, mas este tipo de erro é diferente de uma costura. “É um tipo de erro que ofende pessoas, e dialoga diretamente com a dignidade humana. No mundo contemporâneo, globalizado, e com tanto acesso à infomação, é um tanto quanto inaceitável”, diz o especialista.

Tiago ainda comenta que é necessário rever os processos de produção, tal qual rever as formações profissionais. “Essa é a melhor forma de evitar erros como esses. Mas enquanto isso não se resolve, basta elaborar melhor uma etapa de pesquisa de aceitação do produto antes de colocar em circulação”, completa.

Diante da repercussão do caso, o Museu do Holocausto explicou, através das redes sociais, que as roupas listradas foram usadas pelos prisioneiros com o objetivo de segregá-los e facilitar a identificação e reconhecimento. Os uniformes, portanto, eram impessoais e retiravam a individualidade, servindo como uma forma de humilhação.

Por Tiago Pereira Andrade, professor de ciências do consumo e varejo da ESPM

A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia.

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