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IBGE: IPCA registra aumento de 0,23% em agosto

IBGE: IPCA registra aumento de 0,23% em agosto

14/09/2023 às 17h05 Atualizada em 14/09/2023 às 20h05
Por: Redação
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Imagem: Divulgação / Internet
Imagem: Divulgação / Internet

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial de inflação do Brasil, registrou um aumento de 0,23% em agosto, de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 12 de setembro.

Este índice teve um aumento mais significativo em comparação ao mês anterior, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços da energia elétrica residencial, que subiu 4,59% no mês. Em junho, o IPCA havia registrado uma elevação de apenas 0,12%.

No entanto, em agosto de 2022, o país havia experimentado uma deflação de 0,36%, devido à redução dos preços dos combustíveis.

Com esse resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses no país alcança 4,61%. No acumulado do ano, a inflação já atinge 3,23%.

Apesar de estar em uma trajetória de aumento, o índice de preços apresentou uma ligeira queda em relação às projeções do mercado financeiro. A mediana das estimativas reunidas pelo Valor Data previa um aumento de 0,29% no mês.

Grupos que compõem o IPCA

O IBGE reportou que houve aumento em seis dos nove grupos que compõem o IPCA. O grupo com maior ganho foi Habitação, com uma alta de 1,11%, principalmente devido ao aumento nas contas de energia elétrica residencial, que subiram 4,59% e contribuíram com 0,18 ponto percentual para o índice geral.

O aumento nas contas de luz está relacionado ao fim da incorporação do bônus de Itaipu, que havia gerado um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou um bônus de R$ 405,4 milhões para o mês de julho, o que havia causado uma queda de 1,01% no grupo de Habitação naquele mês, devido à incorporação desse bônus nas contas de luz. Agora, o efeito do bônus foi removido em agosto.

Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas continuou registrando quedas, com uma deflação de 0,85% em agosto.

Esse é o terceiro mês consecutivo de quedas nesse grupo, principalmente devido aos preços dos alimentos para consumo no domicílio, que caíram 1,26% no mês.

Leia Também: Governo Registrou Déficit Primário De R$ 25,7 Bilhões No Mês De Agosto

Aumento da energia elétrica

Segundo André Almeida, gerente de IPCA do IBGE, os produtos monitorados têm sido os principais responsáveis pelo aumento da inflação nos últimos meses. Esses produtos têm seus preços determinados pelo setor público ou por contratos.

No período de 12 meses, essa seleção de itens acumulou um aumento de 7,69%, superando o índice geral de inflação. No mês de agosto, houve uma aceleração significativa, passando de 0,46% em julho para 1,26%.

A energia elétrica foi o principal fator de aumento nos preços monitorados deste mês. Em agosto, todas as regiões abrangidas pelo IBGE registraram aumentos nas contas de luz.

A maior elevação foi observada em Vitória, com um aumento de 9,64%, seguida por Belém (8,84%) e Goiânia (7,05%).

Combustíveis

O preço do diesel também influenciou essa cesta de produtos. O combustível teve um aumento de 8,54% no mês, após mais um reajuste promovido pela Petrobras nas refinarias.

Desde o dia 16, o preço do litro do diesel subiu R$ 0,78 para os distribuidores, refletindo no preço final ao consumidor.

A gasolina também teve um aumento de R$ 0,41 na mesma ocasião, mas o impacto no IPCA foi menor, registrando um aumento de 1,24%.

Ainda assim, a gasolina foi o principal impulsionador do IPCA ao longo do ano, com um aumento de 13,02% em 2023, contribuindo com um total de 0,60 ponto percentual para o índice geral.

Resultados dos grupos do IPCA

Aqui estão os resultados dos grupos do IPCA mencionados:

  • Alimentação e Bebidas: -0,85%;
  • Habitação: 1,11%;
  • Artigos de Residência: -0,04%;
  • Vestuário: 0,54%;
  • Transportes: 0,34%;
  • Saúde e Cuidados Pessoais: 0,58%;
  • Despesas Pessoais: 0,38%;
  • Educação: 0,69%;
  • Comunicação: -0,09%.
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