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Implantes no cérebro fazem tetraplégico voltar a caminhar

Implantes no cérebro fazem tetraplégico voltar a caminhar

25/05/2023 às 15h11 Atualizada em 25/05/2023 às 18h11
Por: Redação
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Imagem: Gilles Weber
Imagem: Gilles Weber

Uma luz no fim do túnel para pacientes que não conseguem andar está surgindo. Isso porque cientistas suíços e franceses conseguiram desenvolver uma técnica que obteve sucesso com um paciente holandês tetraplégico. O feito é um dos mais significativos até o momento para restabelecer movimentos com lesões da coluna cervical.

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Método utilizado

O método ainda é complexo e trata-se de uma “ponte digital” que restabelece a conexão interrompida entre o cérebro e a medula espinhal. Isso é alcançado por meio de implantes realizados no cérebro e na medula espinhal do paciente, que são capazes de “ler” impulsos cerebrais e transmiti-los para um implante na medula espinhal usando sinais sem fio.

Dessa forma, para tornar o processo viável, os pesquisadores utilizaram um sistema de inteligência artificial capaz de decodificar os sinais cerebrais e traduzi-los em comandos de movimento. 

A equipe suíça desenvolveu um algoritmo que traduz esses sinais em instruções para mover os músculos das pernas e pés por meio de um segundo implante inserido ao redor da medula espinhal do paciente que ligou as terminações nervosas relacionadas ao ato de andar.

Paciente é um holandês

O paciente que passou pelos testes foi o holandês Gert-Jam Oskam, de 40 anos. Ele sofreu uma lesão cervical parcial em um acidente de bicicleta, que o deixou tetraplégico. O holandês não conseguia movimentar as pernas e também tinha dificuldades para mexer os braços e o tronco no início. 

Oskam declarou que há 12 anos tentava se levantar sem sucesso. Portanto, através desta tecnologia, ele conseguiu andar 200 metros sem dificuldades e permaneceu em pé por vários minutos consecutivos.

O holandês já estava envolvido em testes de uma abordagem parcial com a equipe de Lausanne, nos quais um único implante faz a estimulação elétrica na região lombar da medula espinhal. 

Embora essa abordagem tenha apresentado resultados positivos, o paciente ainda não tinha alcançado a naturalidade de movimentos característica de uma caminhada normal.

Os pesquisadores planejam continuar aprimorando a tecnologia e expandir os testes para mais pacientes. Portanto, traz esperanças para as pessoas que se encontram limitadas por terem lesões na coluna.

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