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Brasil teve grande queda na dependência externa em hemoderivados

Brasil teve grande queda na dependência externa em hemoderivados

17/05/2023 às 06h33 Atualizada em 17/05/2023 às 09h33
Por: Redação
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Doação de sangue no Hemocentro de Brasília, DF, 11/06/2021 Foto: Myke Sena/MS
Doação de sangue no Hemocentro de Brasília, DF, 11/06/2021 Foto: Myke Sena/MS

A importação de medicamentos para atender aos pacientes com hemofilia e outras doenças relacionadas à coagulação sanguínea, cuja assistência é ofertada 100% pelo SUS, supera R$ 1,5 bilhão/ano. Desta forma, o pleno funcionamento da Hemobrás é um passo fundamental para o Brasil reduzir a sua dependência externa no setor de derivados do sangue e biotecnologia. Como parte da agenda de fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, as ministras da Saúde, Nísia Trinidade, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visitaram, nesta segunda-feira (15), em Goiana (PE), as instalações da fábrica da Hemobrás.   

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A ministra Nísia Trindade destacou ser muito importante ter a Hemobrás dentro de um polo de desenvolvimento na região. “Desde o início desta gestão, vejo a Hemobrás como um dos grandes destaques da política do governo Lula, especificamente dentro do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, para garantir autossuficiência em hemoderivados. Desde 2004, essa tem sido uma trajetória de sucesso. Importantes parcerias público-privadas vêm se firmando”, reforçou, acrescentando a importância da ampliação da formação de recursos humanos altamente qualificados na área. “É isso que torna sustentável um empreendimento desse porte. A formação de quadros é muito relevante para esse trabalho no Brasil”, sustentou. 

A maior autonomia do Brasil no setor de saúde com o desenvolvimento da indústria nacional reduz a vulnerabilidade do SUS ao mercado externo e assegura o acesso universal à saúde, além da geração de emprego e renda. 

No âmbito da Ciência, Tecnologia e Inovação, a ministra Luciana Santos reforçou a recomposição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, uma medida prioritária do governo federal para com a ciência nacional. “É necessário que o Brasil reduza sua dependência de medicamentos, insumos e equipamentos. Precisamos nos tornar cada vez mais soberanos no assunto. Para isso, vamos abrir editais específicos na área de hemoderivados”, adiantou. 

Rovena Rosa - Agência Brasil
Doadores no centro de coleta da Fundação Pró-Sangue Hemocentro São Paulo - Rovena Rosa - Agência Brasil

Sobre Hemobrás

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) está voltada a produção de hemoderivados a partir da coleta de plasma humana.  Desde 2007, a fábrica vem evoluindo na sua estrutura física e tecnológica a partir de uma parceria de desenvolvimento produtivo. 

A previsão é que em 2025 a Hemobrás possa operar todas as etapas de produção e, com isso, se tornará a maior fábrica de medicamentos hemoderivados da América Latina. Com investimento de cerca de R$1,4 bilhão, o empreendimento terá 17 prédios, distribuídos em 48 mil metros quadrados de área construída, em um terreno de 25 hectares. 

Em pleno funcionamento, a Hemobrás terá capacidade de processar até 500 mil litros de plasma ao ano, podendo chegar a até 700 mil litros caso haja demanda. Essa é uma etapa fundamental para a autossuficiência do país. 

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O recolhimento do plasma excedente nos serviços de hemoterapia em 2022 foi de aproximadamente 100 mil litros, e a previsão para este ano é ultrapassar 150 mil litros. Para 2024, a expectativa é fazer a coleta de mais de 200 mil litros. 

Em paralelo à construção da fábrica de hemoderivados, há a implantação de uma fábrica de fator VIII recombinante, medicamento obtido por engenharia genética destinado ao tratamento da hemofilia A no Brasil. O Hemo-8r, como é conhecido, já é fornecido para o SUS pela Hemobrás por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). 

Fonte: Ministério da Saúde

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