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Governantes e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estão preocupados com um novo surto de um vírus letal semelhante ao Ebola, denominado vírus Marburg.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na segunda-feira (8) que está acompanhando de perto a situação em dois países africanos, Guiné Equatorial e República Unida da Tanzânia, que registraram surtos do vírus Marburg, uma doença letal da mesma família do Ebola.
O surto foi declarado no início de fevereiro e fim de março, respectivamente.
As autoridades dos países afetados estão trabalhando em conjunto com a OMS para controlar a propagação do vírus e evitar que ele se torne uma ameaça global, assim como aconteceu com a pandemia de Covid-19.
Para conter o surto, os governos estão fortalecendo a vigilância contra doenças e restringindo a movimentação de pessoas.
Além disso, medidas como o bloqueio de atividades em laboratórios e o aumento da preocupação com casos clínicos também estão sendo implementadas.
Marburg é o nome dado a um vírus altamente contagioso e letal que pertence à família Filoviridae, mesma família do vírus Ebola.
O vírus Marburg causa febre hemorrágica, uma doença grave que afeta o sistema nervoso e pode levar a complicações graves, incluindo sangramentos internos e externos.
O vírus foi identificado pela primeira vez em 1967 na cidade alemã de Marburg, em uma epidemia que afetou trabalhadores de laboratórios que tiveram contato com primatas infectados que haviam sido importados da África.
Desde então, foram registrados surtos ocasionais de febre hemorrágica de Marburg em algumas regiões da África, com altas taxas de mortalidade.
O diagnóstico do vírus Marburg pode ser desafiador, pois seus sintomas são semelhantes aos de outras doenças, como malária e febre tifóide.
No entanto, o diagnóstico é geralmente feito com base na presença de sintomas característicos da febre hemorrágica de Marburg, como febre alta, dor de cabeça intensa, dor muscular e nas articulações, náuseas, vômitos e diarreia.
Com o tempo, os pacientes também podem apresentar sangramentos internos e externos, além de sintomas neurológicos, como confusão, convulsões e coma.
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O vírus Marburg é transmitido através do contato com fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, como sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen ou leite materno.
A transmissão também pode ocorrer por contato direto com tecidos ou órgãos infectados, como por exemplo durante procedimentos cirúrgicos ou necropsias.
A transmissão de pessoa para pessoa ocorre por meio do contato direto com sangue, secreções corporais ou superfícies contaminadas.
É importante lembrar que o vírus Marburg não é transmitido pelo ar.
Pelo menos oito mortes foram relatadas pelo Ministério da Saúde e Bem-Estar Social da Guiné Equatorial entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, em duas aldeias situadas no distrito de Nsock Nsomo, província oriental de Kie-Ntem, na região Rio Muni, durante o primeiro surto da doença causada pelo vírus Marburg no país.
Os pacientes apresentaram sintomas como febre, fraqueza, vômitos e diarreia com presença de sangue, e em dois casos houve lesões de pele e sangramento da orelha.
Após testes de sangue, uma amostra foi confirmada por diagnóstico molecular para o vírus Marburg em um caso suspeito que morreu em 10 de fevereiro no Hospital Distrital de Ebebiyin.
O número cumulativo de casos é de nove, incluindo um caso confirmado, quatro casos prováveis e quatro casos suspeitos, todos resultando em morte.
A OMS informou que não houve casos entre profissionais de saúde e 34 contatos estão sendo monitorados.
Houve relatos de surtos anteriores da doença do vírus Marburg em diferentes países africanos, incluindo Uganda, Angola, República Democrática do Congo, Quênia e África do Sul. O último surto confirmado foi em Gana em 2022, com três casos relatados.
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