A auditoria tributária não costuma encabeçar a lista de pautas mais importantes para quem está imerso no universo corporativo, mas é, definitivamente, uma das estratégias que mais podem garantir a saúde financeira das empresas.
Em meio às preocupações com custos de manutenção, pagamento de fornecedores, salários de colaboradores e rede de clientes, dedicar atenção ao cumprimento das legislações tributárias pode representar, na pior das hipóteses, um alívio no futuro.
Entretanto, é necessário que isso seja feito por um escritório especializado, que ofereça ao empreendedor profissionais com amplo domínio em auditoria.
“A auditoria é um tiro certeiro nas questões que envolvem as atividades tributárias, fiscais e contábeis das empresas, mas é necessário que ela seja muito bem elaborada, com um plano de ação encorpado e que o próprio gestor esteja preparado para adotar as medidas recomendadas pelos auditores”, explica Nathália Boaventura, advogada da BLJ Direito & Negócios.
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Segundo a advogada, esse tipo de procedimento nas empresas se assemelha a um check-up médico, capaz de analisar a fundo a saúde financeira da companhia.
“Em muitos casos, as corporações que passam por esse check-up se dão conta de que faltam registros, documentos ou outros meios de comprovação de movimentação financeira, por exemplo. Isso é um problema que, diante da Receita, pode trazer consequências devastadoras para o caixa e para a imagem do negócio”, revela.
O que torna essa realidade ainda mais tangível, aponta, é a legislação tributária, que possui diversos emaranhados suficientes para dificultar o cumprimento a todas as regras.
“A Reforma Tributária que está em tramitação é uma tentativa de simplificar as regras que hoje estão em vigor. Formou-se uma teia tão complexa de ajustes e normas que muitas tornaram-se mais turvas, difíceis de compreender, e algumas até entram em contradição com outras medidas”, defende Nathália Boaventura, da BLJ Direito & Negócios.
“Enquanto uma aprovação não acontece e a emenda não entra em vigor, a auditoria fiscal deve ser vista como uma ferramenta ainda mais necessária, exatamente pela dificuldade de ser operacionalizada”, aponta a jurista da BLJ. Isso, alerta, requer um nível de acuidade ainda maior do escritório, que deve identificar os riscos fiscais de cada empresa.
Outro ponto que reforça o valor de uma auditoria tributária é que ele representa um dos passos iniciais para a adoção de uma política de compliance no ambiente corporativo.
Isto significa o comprometimento da empresa com boas práticas legais, envolvendo uma transformação no modelo de governança, responsabilidade para com os órgãos públicos e transparência e compromisso social com os clientes e com a comunidade de modo geral.
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“O compliance traz uma valorização à marca, porque representa uma abertura da caixa-preta e a responsabilização de seus deveres fiscais. Essa aproximação com os órgãos fiscalizadores é bastante positiva, mas é apenas um passo”, ressalta a advogada da BLJ.
“O objetivo da auditoria é realizar um pente-fino, que aponte para quaisquer perigos a que a empresa esteja incorrendo por suas próprias práticas. É uma mudança de comportamento, mas que oferece um resultado plenamente eficaz somente se for feita de maneira completa, por quem reúne expertise nesse tipo de serviço”, conclui.