A produção industrial do país registrou um aumento de 0,4% em agosto deste ano, em comparação com julho. Essa melhora ocorreu após uma queda de 0,6% em julho.

Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Rio de Janeiro, por meio da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) nesta terça-feira (3).

No que diz respeito à comparação com agosto de 2022, o setor industrial apresentou um crescimento de 0,5%.

Entretanto, ao analisar o acumulado do ano, observamos uma queda de 0,3%, e no acumulado de 12 meses, uma diminuição de 0,1%.

É importante destacar que, apesar do aumento registrado em agosto de 2023, a indústria ainda não conseguiu se recuperar completamente das perdas ocorridas no passado recente.

Atualmente, ela se encontra 1,8% abaixo do nível pré-pandemia, ou seja, em fevereiro de 2020, e está consideravelmente distante, com uma diferença de 18,3%, do ponto mais alto já alcançado na série histórica, que ocorreu em maio de 2011. Essas informações foram fornecidas por André Macedo, gerente da pesquisa.

Setores

Na transição de julho para agosto, 18 dos 25 setores industriais analisados pelo IBGE experimentaram um aumento na produção, destacando-se os seguintes segmentos:

1. Farmoquímicos e farmacêuticos, com um crescimento de 18,6%.
2. Veículos automotores, reboques e carrocerias, registrando um aumento de 5,2%.
3. Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com um aumento significativo de 16,6%.

Por outro lado, entre os seis setores que tiveram queda na produção, as maiores diminuições foram observadas em:

1. Indústrias extrativas, com uma queda de 2,7%.
2. Produtos diversos, apresentando uma redução de 8,0%.
3. Couro, artigos para viagem e calçados, com uma queda de 4,2%.
4. Metalurgia, com uma diminuição de 1,1%.

O segmento de celulose, papel e produtos de papel manteve uma estabilidade na produção durante o mês.

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Categorias

Quanto à análise das quatro principais categorias econômicas da indústria, três delas registraram aumento na produção:

1. Bens de consumo duráveis, com um crescimento de 8%.
2. Bens de consumo semi e não duráveis, apresentando um aumento de 1%.
3. Bens de capital, que englobam máquinas e equipamentos utilizados no setor produtivo, registraram um crescimento de 4,3%.

Por outro lado, os bens intermediários, que são insumos industrializados usados na produção, tiveram uma queda de 0,3%.