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123Milhas: Pedido de Recuperação Judicial é Protocolado com Valor Superior a R$ 2,3 Bi
123Milhas: Pedido de Recuperação Judicial é Protocolado com Valor Superior a R$ 2,3 Bi
30/08/2023 09h24 Atualizada há 1 ano
Por: Redação
Imagem por @fabrikasimf / freepik

A agência de viagens 123milhas protocolou um requerimento de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais no dia 29 de agosto.

O montante envolvido na causa foi aproximado em R$ 2,30 bilhões.

Esse desenvolvimento ocorre em meio à crise enfrentada pela empresa após anunciar, em 18 de agosto, a suspensão da emissão de passagens e pacotes da sua linha promocional para voos programados entre setembro e dezembro deste ano.

Se a petição da companhia for aceita pelo sistema judicial, todas as ações movidas pelos credores contra a empresa seguirão o processo de recuperação judicial.

Em uma declaração oficial, a 123milhas confirmou o pedido de recuperação judicial, explicando que o objetivo é garantir o cumprimento das obrigações assumidas com seus clientes, ex-funcionários e fornecedores.

“A Recuperação Judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira”, diz a nota.

“A 123milhas ressalta que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados. A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro”, conclui a empresa.

Empresas envolvidas

Além do CNPJ da própria 123 Milhas, o pedido de recuperação judicial também abrange as empresas Art Viagens (conhecida como Hotmilhas), que atua como uma plataforma de suporte para a emissão de passagens utilizando milhas, e a Novum, uma holding que possui 100% das ações da agência de viagens.

"As sociedades requerentes operam em harmonia entre si e dependem uma da outra para a continuidade de sua operação. Esse é o motivo do ajuizamento do presente pedido de recuperação judicial em litisconsórcio ativo [quando várias empresas participam do mesmo processo]", diz a petição inicial dos advogados da 123 Milhas.

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Entenda o caso

Na sexta-feira passada, em 18 de agosto, a agência de viagens 123 Milhas comunicou a suspensão dos pacotes turísticos e da emissão de bilhetes da sua linha promocional, abrangendo viagens com datas flexíveis e programadas para ocorrer entre setembro e dezembro de 2023.

Segundo a empresa, essa medida não teria impacto sobre os demais produtos disponibilizados por ela.

"A determinação decorre da persistência de desafios econômicos e de condições adversas no mercado. Entre esses fatores, incluem-se a contínua pressão na demanda por voos, que mantém as tarifas elevadas mesmo durante períodos de baixa procura, e as altas taxas de juros. A linha PROMO, como afirmado pela 123 milhas, corresponde a 7% das viagens programadas para o ano de 2023", declarou a empresa na ocasião.

A 123 Milhas também esclareceu que os montantes pagos pelos clientes que haviam adquirido serviços da linha Promo seriam reembolsados integralmente por meio de vouchers.

Esses vouchers seriam corrigidos em conformidade com 150% do CDI e estariam disponíveis para serem usados por qualquer pessoa ao adquirir outros produtos oferecidos pela própria agência.