Previdência Social Google:
Google: brasileiros possuem contas em mais de quatro bancos
Google: brasileiros possuem contas em mais de quatro bancos
16/08/2023 19h56 Atualizada há 1 ano
Por: Redação
Imagem: shubham_designs / freepik
Imagem: thaspol_s / freepik

Um novo estudo do Google encomendado aos institutos Quantas e Liga Pesquisa mostra que os brasileiros têm contas em cerca de quatro bancos diferentes, mas consideram apenas dois como os principais, ou seja, aqueles que usam para a maioria das transações.

A pesquisa mostra ainda que as pessoas conhecem, em média, mais de 20 bancos e já tiveram algum tipo de relacionamento com pelo menos sete deles.

Os dados revelam que o segmento financeiro vive tempos parecidos com a época em que os brasileiros usavam vários chips em seus smartphones, tudo para conseguir acesso às melhores vantagens na hora de comprar crédito pré-pago.

No caso dos bancos, os consumidores tentam aliar atributos como a solidez dos grandes bancos, ao mesmo tempo, em que podem usufruir da experiência de usuário proporcionada pelos bancos digitais.

Segundo a pesquisa, os dados mostram que os motivos que levam os brasileiros a considerar um banco como "principal" incluem a frequência de transações (apontada por 77% dos entrevistados), o recebimento de salário (58%), a oferta de crédito (49%) e a concentração de seus investimentos (44%).

Leia também: Passkeys: Google Apresenta Método De Login Sem Uso De Senhas

No caso do segundo banco de escolha, a concentração de investimentos foi o segundo fator mais apontado (34%), atrás apenas de frequência de transações (37%) e ficando à frente de oferta de crédito (33%) e recebimento de salário (30%).

Para a pesquisa, os institutos entrevistaram 2.500 brasileiros bancarizados, ou seja, que têm acesso a algum produto financeiro, com uma amostra que inclui todas as classes sociais e regiões do país.

O estudo foi realizado entre abril e maio de 2023.

Experiência digital é gatilho para mudança

O estudo também mostrou que mais da metade dos entrevistados (57%) considera trocar a marca do seu banco principal, sendo que 17% afirmaram haver "muitas chances" de mudarem sua escolha atual.

A maior predisposição de mudança está nas pessoas de classe A (65%), das regiões Sudeste e Centro-Oeste (59%) e possuem entre 25 e 34 anos (59%).

Conforme a análise, o maior gatilho para eleger um banco como principal é a experiência digital, ou seja, quando o consumidor tem acesso a um aplicativo e site que são fáceis de usar e permitem fazer todas as movimentações pela internet.

Leia também: Juros Médios Dos Bancos Caíram Para 44,6% Ao Ano. Confira!

Em segundo lugar está a segurança, ou seja, a percepção do consumidor de que não terá problemas nas transações do dia-a-dia e também de que está se relacionando com um banco com solidez, ou seja, baixo risco de quebrar.

O preço das tarifas bancárias aparece na sequência (cartão de crédito sem anuidade, taxas de juros baixas, além de isenção ou tarifa menor para manutenção da conta-corrente).

Outro fator é a conveniência (que concentre tudo num lugar só, seja fácil de abrir a conta, e onde o cliente possa receber salário ou benefícios do governo).

Grandes bancos x nativos digitais

O estudo também comparou os diferentes motivos que levam os consumidores a escolher entre os grandes bancos ou um nativo digital como favoritos.

O comparativo mostra que, os primeiros se destacam em atributos como "banco sólido", ter "agência física" e permitir "receber salário".

Já os digitais são normalmente escolhidos por "ter aplicativo", permitir "movimentações pela internet", "ter tudo num lugar só", além de oferecer "cartão sem anuidade" e "facilidade para abertura de conta".

"Hoje temos quase 190 milhões de brasileiros bancarizados, número que cresceu aceleradamente durante a pandemia por conta do auxílio emergencial", afirma Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google Brasil.

"O grande desafio das instituições financeiras, sejam elas grandes bancos ou nativas digitais, é conquistar o consumidor que já é cliente de outra marca e se tornar o seu banco principal."

Leia também: Bancos Fazem Alerta Para Golpes No Programa Desenrola Brasil

Em outro cruzamento de dados, analisando o tipo de banco escolhido entre as diferentes classes sociais, o estudo mostrou que os grandes bancos têm maiores chances de serem os escolhidos por consumidores das classes A e B, enquanto os digitais se destacam na classe C.

Entre a população da classe D e E, a relação é mais próxima com os bancos tradicionais, em especial a Caixa Econômica Federal, que permitem o acesso a benefícios sociais oferecidos pelo governo federal.

Em relação à faixa etária e região, os nativos digitais são os favoritos entre os mais jovens (na faixa etária entre 18 e 34 anos) e também entre as pessoas que moram no Norte e Nordeste.

A pesquisa mostra que os grandes bancos, por outro lado, aparecem com mais força entre os consumidores com idade acima dos 45 anos e entre os consumidores da região Sudeste.

"Se manter como o banco principal do consumidor exige um trabalho contínuo para convencer o consumidor sobre as vantagens que ele terá ao fazer isso. Os bancos não devem achar que o jogo está ganho, pois a chance de uma troca é grande", diz Vitor Zenaide, líder de insights para finanças do Google Brasil. 

"Ao cuidar do cliente e garantir que ele entenda essas vantagens, os bancos têm a oportunidade de acelerar o uso de diferentes produtos financeiros e gerar maior rentabilidade."