O trabalhador que recebe até R$ 2.640 não vai mais pagar Imposto de Renda a partir de maio. Esse valor corresponde a dois salários mínimos (lembrando que a partir de 1º de maio o salário mínimo subirá para R$ 1.320).
O cidadão que ganhar até R$ 2.640 deixará de pagar IR tanto na fonte (contracheque) quanto na declaração de ajuste anual. O governo vai editar uma medida provisória até segunda-feira (1º).
A medida provisória começa a valer a partir do momento de sua publicação. Caberá ao Congresso Nacional aprovar num prazo de 120 dias para virar lei ou perder seu efeito.
Fique ligado: a faixa de isenção vai subir de R$ 1.903,98 para R$ 2.112.
Foi criada pelo Governo Federal uma dedução simplificada de R$ 528. Sendo assim, quem recebe até R$ 2.640 ficará isento. O desconto simplificado é opcional, e ela vai ser vantajosa para o trabalhador que ganha menos.
O cidadão que ganha R$ 10 mil, a dedução simplificada não vai valer a pena. Segundo a Receita Federal, as deduções atuais (com educação e saúde, por exemplo) para quem recebe esse valor são maiores do que os R$ 528.
A mudança não influencia na declaração do IR deste ano, cujo prazo para envio é 31 de maio.
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O governo federal anunciou apenas o novo valor para a faixa de isenção. No entanto, não divulgou como será a sua atualização no restante da tabela. A nova tabela só valerá para a declaração de 2024.
Na sexta-feira (28), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que os salários de até R$ 2.640 não terão retenção de Imposto de Renda a partir de 1º de maio.
Ele também afirmou que este é o “1º degrau” na política de ampliação da faixa de isenção do IR.
“Junto também tem o compromisso do presidente Lula de, ao longo do mandato, isentar na tabela de Imposto de Renda [para] salário de até R$ 5 mil. Como primeiro degrau desse compromisso, os salários de até R$ 2.640, a partir de 1º de maio, não terão retenção na folha de pagamento do Imposto de Renda”, disse o ministro.
A Secretaria da Receita Federal informou que 13,7 milhões de pessoas vão deixar de pagar IR, já a partir do mês de maio, após o aumento da faixa de isenção. O número representa cerca de 40% do total de contribuintes.