Previdência Social Shein,
Shein, Aliexpress e Shopee passarão a ser taxadas pela Receita Federal?
Shein, Aliexpress e Shopee passarão a ser taxadas pela Receita Federal?
12/04/2023 15h07 Atualizada há 1 ano
Por: Redação
Imagem: freepik / logos aliexpress / shein / shopee / editado por Jornal Contábil

Nesta terça-feira, dia 11, a Receita Federal comunicou o término da isenção de impostos de importação para pacotes no valor de até 50 dólares, a fim de evitar a evasão fiscal por parte de empresas de comércio eletrônico.

Essa tributação de e-commerces que importam produtos sem pagar os impostos devidos está incluída em um conjunto de medidas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação e fortalecer o arcabouço fiscal.

A mudança terá maior impacto em grandes varejistas asiáticas, como Shein, AliExpress e Shopee, que, ao oferecer produtos mais baratos, têm conquistado uma fatia significativa do mercado brasileiro.

Essas plataformas são alvo de críticas por parte de empresários brasileiros, que as acusam de concorrência desleal e contrabando digital.

Fim da isenção

Com o fim da isenção de impostos para compras de até 50 dólares, a tributação de 60% sobre o valor das encomendas será aplicada em todas as mercadorias.

A Receita Federal irá exigir declarações completas e antecipadas sobre os bens enviados, bem como a identificação do importador e do exportador.

Um sistema eletrônico será disponibilizado pelo órgão para que o exportador forneça informações sobre as mercadorias e as transportadoras apresentem detalhes sobre os bens transportados.

A falta de informações ou informações incorretas, bem como o subfaturamento dos valores das mercadorias enviadas, resultarão em multas.

De acordo com a Receita, o consumidor será beneficiado com a nova declaração de importação, pois as mercadorias chegarão ao país já liberadas, sem a necessidade de passar por fiscalização.

Governo fechará a brecha da isenção

A isenção de impostos para remessas internacionais de até 50 dólares entre pessoas físicas, equivalente a cerca de R$ 250, está sendo utilizada por empresas de comércio eletrônico internacionais que colocam o nome de pessoas físicas como remetentes para evitar a tributação.

Para combater essa prática, a Receita Federal vai acabar com a isenção e não haverá mais distinção entre remessas por pessoas físicas e jurídicas.

Além disso, há relatos de empresários brasileiros que afirmam que as plataformas de comércio eletrônico internacionais costumam dividir as encomendas em vários pacotes para evitar o imposto quando um cliente compra vários produtos que ultrapassam o valor de isenção.

Também há suspeitas de que as mercadorias sejam declaradas por um valor inferior para não ultrapassar o limite.