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Moraes revoga prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF
Moraes revoga prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF
03/02/2023 16h18 Atualizada há 2 anos
Por: Redação
Imagem: pm.df.gov.br

O Ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão do ex-comandante da polícia militar o Fábio Augusto Vieira, que foi exonerado depois dos atos criminosos que aconteceram em Brasília no dia 8 de janeiro.

O depoimento do ex-comandante não foi integralmente tornado público, alguns detalhes foram entregues a essa investigação, em alguns trechos o Vieira afirma que não havia chegado informações até ele que dava um nível de complexidade e da dimensão do perigo e da violência que se processaria no 8 de janeiro.

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Provas a favor de Fábio Vieira

De acordo com o comandante ele cumpriu o que estava na previsão do plano de operação naquele dia. O interventor Ricardo Capelli afirma que Vieira atuou diretamente de uma maneira descrita por seus pares como, corajosa, brava contra o avanço dos manifestantes.

Existem imagens do circuito interno de segurança dos prédios que foram invadidos, que mostram o próprio comandante tentando segurar esses manifestantes para que eles não destruíssem mais coisas em Brasília.

Nas filmagens o comandante foi alvo de socos e chutes, todas essas imagens entraram como um quatro comprobatório, ajudando o ex-comandante.

Fábio contou em seu depoimento, que ele chegou a passar informações no dia que não foram cumpridas pelo seu subordinados, ele relata que ele foi totalmente ignorado por seus subordinados.

Por essa razão, ainda existe a suspeita de existir uma "trama paralela", envolvendo tantos manifestantes, quanto profissionais do estado.

Fábio Augusto Vieira foi um dos primeiros presos pelo que aconteceu em Brasília, o que acabou causando muita comoção na tropa, porque eles viram que o erro era de planejamento e não de procedimento.

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Anderson Torres

O ex-ministro da justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal Anderson Torres prestou depoimento a polícia federal nesta quinta-feira.

Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando retornou dos Estados Unidos uma equipe da Polícia Federal chegou de manhã ao quarto Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal onde Anderson Torres está preso preventivamente.

Dois advogados acompanharam o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, esta foi a terceira tentativa de ouvir Torres. A primeira ele ficou em silêncio, na semana passada a PF a pedido da defesa de Torres chegou a solicitar a oitiva mas ela foi suspensa por falta de autorização do Ministro Alexandre de Moraes.

Torres é investigado por suspeita de omissão e conivência com os ataques golpistas aos prédios dos três poderes no dia 8 de janeiro. Nesse dia ele era o titular da secretaria de segurança do DF, mas havia viajado para os Estados Unidos, ele teria férias a partir do dia 9.

Em 10 de janeiro no mesmo dia em que a prisão de Torres foi decretada, agentes da PF encontraram uma minuta de decreto presidencial na casa do ex-ministro, o documento previa a decretação de um estado de defesa.

Em entrevista ao jornal O Globo na última semana Waldemar afirmou que todos os interlocutores do governo Bolsonaro possuíam minutas de propostas golpistas, mas que ele tomou o cuidado de se desfazer desses documentos.

Por conta dessa fala a polícia federal solicitou autorização ao STF para ouvir o político, no âmbito do inquérito que investiga Anderson Torres. No depoimento ao ser perguntado pelo conteúdo das minutas Valdemar disse que tinha duas ou três dessas propostas, e que quando afirmou que isso tinha na casa de todo mundo, seria uma metáfora.

Disse que assim que recebia essas minutas, as triturava, para evitar que alguém pudesse dizer que ele estava a favor do golpe, além de não se sentir a vontade de ter os papéis em casa.

Os agentes quiseram saber se as autoridades foram alertados sobre a proposta do decreto, Valdemar disse que não alertou ninguém e que era abordado com frequência por pessoas perguntando se Bolsonaro não tomaria alguma providência quanto aposse de Lula.

Valdemar Costa Neto disse ainda que entregaria o telefone celular para análise da Polícia Federal.