O Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma nota afirmando a tragédia vivida pelo povo Yanomami é resultado da omissão do estado brasileiro.
Segundo os Procuradores da Câmara de populações indígenas e comunidades tradicionais as providências adotadas pelo governo federal foram limitadas apesar da atuação judicial e extrajudicial do Ministério Público.
A nota cita uma série de iniciativas do ministério público para monitorar e alertar autoridades responsáveis para serem tomadas providências em relação a expansão do garimpo ilegal no território Yanomami, também à precariedade do serviços de saúde prestados nos últimos anos.
O documento também cita que verificou ao longo dos últimos anos um aumento alarmante no número de garimpeiros na região em mais de 20 mil atualmente.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), também emitiu uma nota declarando que a situação dos yanomami foi denunciada pelo menos 21 vezes à Justiça, e em 2022 cerca de 100 crianças morreram.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Roraima neste sábado (21) para ver de perto a situação do Povo Yanomami com casos graves de desnutrição e doenças em crianças e idosos, o drama humanitário fez o governo declarar emergência de saúde pública no território da maior reserva indígena do país.
Durante a manhã Lula em uma comitiva de ministros visitaram a Casa de Saúde indígena Yanomami na zona rural de Boa Vista, esta semana agentes da saúde resgataram pelo menos oito crianças de aldeias em estado grave de saúde.
Ao lado da ministra dos povos indígenas Sônia Guajajara, o presidente disse que vai levar atendimento de saúde para a população, o presidente afirma que levar médicos até eles, facilita os cuidados.
Lula, citou que com isso, o SUS poderá mostrar que é capaz de fazer um trabalho que honra e orgulha o povo brasileiro, assim como fez na covid-19.
O Ministério da Saúde estima que cerca de 570 crianças entre 2019 e 2022 foram mortas em consequência da desnutrição e da fome devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região e da contaminação por mercúrio.
Lula disse que vai combater o garimpo legal, mas ainda não detalhou como fará para retirar os garimpeiros da região, o presidente afirma que seu governo já se tentou outras vezes tirar os garimpeiros da região, porém ele acabam voltando.
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A força aérea brasileira começou a entregar ajuda humanitária as regiões atingidas pela fome nas aldeias Yanomami, doadores de várias partes do Brasil se mobilizaram depois que a tragédia foi revelada.
Em apenas 6 horas a ONG Ação da Cidadania juntou 1000 cestas básicas e garantiu o transporte até Boa Vista, esforço feito com apoio de brasileiros de várias regiões que se comoveram ao ver as imagens de indígenas passando fome.
A coordenadora da ação, Cida Cardoso, disse que essas doações são emergenciais, e o povo ainda precisa de ajuda. O presidente Lula prometeu levar agentes sanitários para região.
O presidente disse que para resolver a situação deve ser feito um plantão da Saúde na aldeia. O garimpo ilegal na região contaminou a água dos rios com mercúrio, com isso todas as mulheres, homens e crianças estão contaminados, o que levou aos inúmeros casos de desnutrição.